sexta-feira, 22 de abril de 2011

Adorava a Páscoa há uns anos atrás, ía dizer 30, mas parece-me melhor não adiantar números. A verdade é que quando era criança a Páscoa era um dia especial, quase tão bom como o Natal. Passava o dia com os primos e amigos, literalmente atrás do compasso. Íamos a casa de todos os amigos, vizinhos e familiares. Enfeitávamos as entradas com flores, chegavámos a fazer verdadeiras obras de arte, tapetes decorados com flores, ervas, arbustos e até serrim para realçar os contornos. Era um dia especial quer fizesse chuva ou sol, estreavámos uma roupa nova, normalmente oferta da Madrinha que nem sempre cumpria as regras do bom gosto, mas a de ofertar o folar não esquecia.

Nos dias de hoje não me diz nada, absolutamente. Tenho pena, gostava de sentir aquela emoção, a vontade de ir beijar a cruz de Cristo ressuscitado a todos os lares amigos.
Agora a Páscoa não passa de um fim-de-semana prolongado, este ano por mais um dia até. Não tenho oportunidad€ de o passar fora, numa capital europeia ou numa qualquer casinha de turismo rural, por isso fiquei mesmo por aqui, também sabe bem dormir, ler e o dolce fare niente dentro de portas.
Afinal tenho um sofá novo que ainda nem desbundei convenientemente. 

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